21 de fev. de 2009

Acordo ou confusão ortográfica?

A partir do dia primeiro de janeiro de dois mil e nove (01/01/09) entrou em vigor, no Brasil, o acordo ortográfico, que consiste na unificação do idioma português. A justificativa para a realização do acordo, era de que a aproximação do idioma português poderia unificar a língua de origem lusitana e facilitar as relações internacionais. Esqueceram que das seis nações em que a língua portuguesa é oficial ( e claro, o Brasil ), juntos nem chegam perto do número da população brasileira. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe . São aproximadamente 21o milhões de pessoas que fazem uso do português, sendo que 180 milhões são brasileiros. Ou seja, a “confussão ortográfica vai ser mais radical no Brasil, mesmo que apenas 0,5 dos verbetes do nosso idioma sofrerão/sofreram alterações. Há um prazo para que os brasileiros se adequem as mudança : o ano de 2011 iniciará com a obrigatoriedade do domínio da nova forma culta do português Algumas regras simplesmente deixaram de existir. Acentos diferenciais e hífen foram as vítimas da reforma ortográfica. Pingüin, lingüiça e tranqüilo deixaram de ser grafadas com os “ dois pingos” na vogal U. Micro-ondas, anti-imperialista, anti-herói, agora, são grafados com hifén. Ideia, historia e europeia são, gramaticalmente, transformadas e retiradas os repectivos acentos. "Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro." (Pronominais - Oswald de Andrade) Os célebres versos de Oswald de Andrade ilustram bem a confusão causada pela reforma ortográfica.

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