10 de abr. de 2010

O quarto poder


O papel fundamental da mídia é de informar a população sobre todos os assuntos, dos mais variados temas, de forma imparcial e transparente. Entretanto esse modelo de imprensa é utópico, tendo em vista que em governos democráticos, nem sempre os meios de comunicação são imparciais e muito menos transparentes. Aproveitando da bandeira levantada pela direita política, usam e abusam do livre direito de expressão, ás vezes, extrapolando limites e criando inverdades.

Vê-se, porém, uma grande contribuição da mídia para a população: a de desmascarar esquemas de corrupção e de revelar a maior parcela do público a verdade "nua e crua". Nos últimos anos, por bem ou por mal, o número de escândalos envolvendo político cresce cada dia mais. Não se sabe se a quantidade de crimes políticos é que aumentou ou a cobertura dos mesmos passou a existir e, conseqüentemente, a maior parte dos brasileiros tomarem conhecimento de sua existência. O certo é que com a redemocratização do país e o reestabelecimento de um modelo que prega a liberdade de expressão e opinião, os jornais impressos, revistas, estações rádios, emissoras de televisão e, por conseguinte, sites, passaram a ter autonomia suficiente para realmente informar, algo difícil em tempos de ditadura militar e censura.

O "quarto poder", designação dada à imprensa por sua influência numa sociedade como um todo,  tem realmente força suficiente como o apelido sugere. Em "Muito Além do Cidadão Kane", documentário da rede de televisão inglesa BBC datado de 1993, vê-se do que são capazes os meios de comunicação. No filme, o conglomerado "midiático" denominado Organizações Globo é desmascarado desde seu conturbado surgimento em associação com os militares e o grupo americano Time Life, a suspeita de tentativa de fraude nas eleições de 1982 até descarado favorecimento a Fernando Collor de Melo no debate entre candidatos a presidente ocorrido 1989 em que o alagoano debatia junto ao então sindicalista, ex-metalúrgico e esquerdista, Luiz Inácio Lula da Silva.

Além das Organizações Globo, outros meios de comunicação tem ultrapassado os limites da ética, informando sobre aquilo que querem e o que não querem, omitindo o que acham ser importante e o que julgam desnecessários, formam opinião, manipulam a informação, alienam o cidadão e constroem barreiras para a “verdadeira verdade”.

Em tempos de mensalão petista, mensalinho, mensalão do DEM (Democratas), dinheiro em meias, cuecas e panetones, a imprensa brasileira, embora defeituosa por essência e excelência, tem colaborado como pode, e acha ser suficiente. Infelizmente, também por causa dela, o país não tem crescido mais e mais, devido a sua conivência com as injustiças sociais, a “burrocracia” governamental e o sistema esdrúxulo “sem pé nem cabeça” que se perpetua: o capitalismo selvagem. 

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