27 de mar. de 2011

Precisamos de uma crise

 

"Estamos diante de dois grandes problemas: convencer os brasileiros de que nossa educação é péssima e, então, entender como melhorá-la."

Claudio de Moura Castro

Reportagem publicada no mês ( abril de 2006) na revista Veja, com o tema "Precisamos de uma crise".

"Em 2000,desabou na Alemanha uma notícia aterradora.O país estava em 25° lugar no Pisa, um teste que mede a capacidade de leitura eo aprendizado de matemática e ciências, entre jovens de 15 anos, em cerca de quarenta países.Educadores, pais e autoridades oscilaram entre tramautizados e enfurecidos.

Nesse mesmo exame, o Brasil obteve o último lugar, bem atrás do México. No nosso caso, há outra notícia pior: o resultado não criou uma crise, a empresa não fez barulho da esquerda para a direita ficaram mudas.Pesquisas com os pais mostram um resultado quase inacreditável: eles estão sastifeitos com a educação oferecida aos filhos.

De acordo com o Sistema Nacional de Avaliação Básica, 55 % dos alunos da 4ª série são praticamente analfabetos (em países sérios, é residual seu número ao fim da 1ª). O Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional indica que 74% dos brasileiros adultos estão nessa condição .Não há nenhuma discrepância , todos os resultados mostra que nossa educação é péssima.

Mas há uma agravante: o desepenho muito melhor de países com o mesmo nível de renda e que pagam aproximadamente a mesma coisa aos professores.
Temos mais dois problemas, precisamos convencer os brasileiros de que nossa educação é péssimae , então, enteder como melhorá-la e aboa notícia é que o setor produtivo e seus braços de responsabilidade social começam a soar o alarme como por exemplo a Fundação Victor Civita está lançado seu programa Reescrevendo a Educação).

Praticamente, terminamos o ciclo de ciar escolas, contratar professores e oferecer livros, merenda e uma estrutura operacional mínima e não resolveu, ouseja deve ter alguma coisa errada na sala de aula, pois é lá que acontece a educação.Como por exemplo uma pista discreta vem de uma pesquisa recente de professores, de tudo que disseram e reclamaram, em hora nenhuma e mencionaram que os alunos não estão aprendendo.
Os teóricos e os ideólogos da moda circunavegam os espaços intergalácticos com suas teorias impenetráveis e denúncias conspiratórias.

Primeiro passo para pensar nas soluções é entender que há prioridades que a primeira missão da escola é ensinar a ler, entender o que foi lido, escrever e usar números para lidar com os problemas do mundo real, ou seja, é lá que deveriam estar os melhores professores. A emoção, o afeto, o amor e a auto-estima não são objetivos em si, mas condições necessárias para acontecer o ensino sério.O resto do currículo é uma maneira engenhosa de aprender e praticar a arte de ler e escrever, são necessários currículos detalhados, bons livros e professores que saibam usá-los.

O que precisamos é de uma sociedade indignada contra a educação que temos. Precisamos de uma crise grave."
 Embora seja um texto de 2006, e lá se vão cinco anos e nenhuma mudança perceptível, da péssima revista (Não)"Veja", é também muito coerente. De fato, precisamos de uma crise para alterarmos o cenário catastrófico da educação pública desse país.

Ah, sim! O tema é recorrente aqui no blog devido a sua importância no processo de transformação da sociedade.

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